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24 de dez. de 2011

A luta das mulheres egípcias: contra a violência militar


Nesta quarta-feira, 10 mil mulheres ocuparam a praça Tahrir e saíram às ruas no Cairo para protestar contra a violência militar. Na última sexta-feira, uma mulher foi espancada e teve sua roupa retirada por soldados. O vídeo desta agressão foi divulgado no mundo todo. As mulheres não só deram uma resposta a esse fato, como também protestavam para que a repressão do exército aos manifestantes que estão acampados acabe. Desde a queda de Mubarak, uma junta militar governa o país. Aos gritos de “Liberdade, liberdade” as mulheres também estão nas ruas cobrando mais rapidez na transição e lutando por democracia! A luta das mulheres muda o mundo!
Mulheres Egípcias protestam contra violência do exército

Matéria do site OperaMundi
Milhares de mulheres saíram às ruas do Cairo nesta terça-feira (20/12) para protestar contra os abusos cometidos por militares para reprimir manifestantes. A marcha começou na praça Tahrir, centro do Cairo, e continuou pelas ruas próximas. Muitas participantes carregavam a foto da “menina do sutiã azul”, que foi espancada sexta-feira (16/12) por soldados e teve a roupa retirada.

“Um Egito sem dignidade e um Egito sem vida”, trazia escrito um cartaz com a foto da jovem atacada. “Ela não é somente um símbolo do que os militares fazem com manifestantes e as mulheres que vão protestar”, afirmou ao jornal espanhol El País Dina, acampada em frente Parlamento há um mês.
Aos gritos de “Liberdade! Liberdade”, elas exigiram que a nova onda de violência contra manifestantes no Egito acabe. Na sexta-feira, o exército tentaram pôr fim a um acampamento do lado de fora da sede do governo. Desde então, choques aconteceram todos os dias, deixando ao menos 15 mortos.
Na segunda-feira (19/12), o major Adel Emara, integrante da junta militar que governa o Egito desde a queda de Mubarak, fez um pronunciamento na TV no qual acusou manifestantes de terem um “plano para derrubar o Estado”. Desde a queda de Hosni Mubarak, em fevereiro, uma junta militar governa o Egito.
A alta comissária da ONU (Organização das Nações Unidas) para os Direitos Humanos, Navi Pillay, advertiu nesta segunda-feira aos membros da junta militar do Egito que correm o risco de ser processados por cumplicidade em crimes graves se não agirem imediatamente contra a “brutal” repressão no centro do Cairo.
“As autoridades egípcias devem demonstrar um compromisso real com os direitos humanos, incluindo a plena erradicação dos maus-tratos, uma reforma integral das forças de segurança, a suspensão do estado de emergência e o respeito ao império da lei e das liberdades fundamentais”, manifestou Pillay.
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