Recentemente,
aconteceu o Seminário de Formação Política do Pré-Vestibular Social
Universidade e Comunidade (UNICOM) e Universidade para Todos (UPT) em Serrinha,
que no dia 13 de setembro contou com a presença de Jhonatas Monteiro (PSOL)
para discussão do tema “Desenvolvimento social e combate à pobreza”. Como
reflexão inicial, Jhonatas analisou os traços básicos do modelo de
desenvolvimento predominante no Brasil desde meados da década de 1990. Dessa
forma, apontou que embora haja uma melhoria relativa da parte da população
considerada pobre ou miserável, essa modificação tem alicerce muito frágil
porque não implicou em redução significativa na desigualdade social do país. Nesse
sentido, não houve modificação efetiva da concentração da riqueza, mas a soma
de programas de transferência direta de renda, aumento do valor real do salário
mínimo e expansão do micro crédito. Dentro desse contexto, Jhonatas apontou que
os mais ricos se tornaram ainda mais ricos no Brasil nesse período ao ponto do
país figurar em inúmeras listas de nações com maior número de novos
“super-ricos” ou bilionários. Além disso, Jhonatas chamou atenção ainda para o
modelo de gestão do Estado brasileiro contribui abertamente para tanto, pois a
maior fatia do orçamento federal (43,98% em 2013) é consumida com juros e
amortização da dívida pública, o que tem implicado em gastos mínimos com
serviços básicos à população, como educação, saúde e outros direitos sociais:
“Na atual forma de governabilidade, construída nos governos PSDB-DEM e mantida
nos governos do PT, os direitos sociais não são prioridade de Estado e isso
significa que a negligência com as questões sociais no Brasil não é apenas
culpa desse ou daquele governante individual, mas resultado estrutural do
projeto político dominante desde a década de 1990”. Assim, Jhonatas defendeu
que, mais que apenas o combate à corrupção do sistema político, a luta pela
ruptura com o atual modelo econômico como caminho necessário para um real
desenvolvimento social. A partir dessa reflexão, Jhonatas debateu ainda
questões colocadas pelo público sobre as perspectivas colocadas pelas
manifestações desencadeadas em junho, a relação entre o programa Minha Casa
Minha Vida e a especulação imobiliária, além de aprofundar a análise das consequências
negativas da dívida pública para a maioria da população brasileira.
Ascom
PSOL
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