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23 de jul. de 2011

MTST: MANIFESTO DE APOIO AO ACORRENTAMENTO NO MINISTÉRIO DAS CIDADES


            Mais de 400 famílias organizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocuparam no último dia 16 de julho uma grande área ociosa em Ceilândia – Distrito Federal. Esta ocupação – batizada com o nome de Gildo Rocha - foi resultado do fracasso de um longo processo de negociação com o Ministério das Cidades, SPU e Governo do Distrito Federal para solução do problema de moradia dessas famílias.


            Embora a maior parte das 400 famílias estivessem nas listas de cadastro habitacional (particularmente da CODHAB/DF) há muitos anos, em alguns casos dezenas de anos, o Governo Agnelo (PT) tratou a ocupação no pior estilo direitista: despejo sem ordem judicial, repressão, ameaças via imprensa e fechamento de negociações. Chegou a afirmar publicamente que “não admitiria invasões criminosas”, referindo-se ao movimento social, e que “os invasores serão excluídos do cadastro habitacional e responsabilizados judicialmente”. Quem te viu, quem te vê...

            A este tratamento vergonhoso para um governo que se afirma de esquerda somou-se a ineficiência das negociações conduzidas pelo Governo Federal, que gerencia o maior programa habitacional do país – o Minha Casa, Minha Vida – através do Ministério das Cidades e pode destinar terra para atendimento habitacional através da SPU.

            Por isso, o MTST permaneceu acampado por dois dias diante do Palácio do Buriti, sede do Governo do DF, e está desde o dia 20 com mais de 250 pessoas acampadas no Ministério das Cidades, inclusive com 4 companheiros acorrentados. É a demonstração da disposição de resistência até a vitória.

            As entidades e figuras públicas que assinam este Manifesto declaram seu total apoio à ocupação do Ministério das Cidades, ao acorrentamento e à luta dos trabalhadores sem-teto. Além disso, repudiam o tratamento repressivo e a falta de negociação do Governo Agnelo (DF), exigindo o fim da criminalização do MTST por este governo. Exigimos ainda o atendimento imediato das reivindicações: liberação de um terreno e recursos para construção de moradia para as mais de 400 famílias do Acampamento Gildo Rocha, além de um local provisório para abrigo imediato das famílias.

Um comentário:

  1. O Lenitivo se congratula com a luta do MTST e com todas as lutas que dizem não a violência capitalista.

    Ternura sempre!

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