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22 de jul. de 2011

Greve dos servidores municipais de Salvador (BA) chega ao fim.

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Nossa corajosa atitude de ocupar a Câmara Municipal revelou o que há de melhor entre os servidores: a vontade aguerrida de lutar pelos seus direitos. Enfrentamos as dificuldades de passar dias mal dormidos, com precária alimentação e com a pressão psicológica de uma ameaça de repressão policial. Mas fomos fortes, bravos, corajosos e entramos para a história de Salvador, onde ocupamos bravamente. Poderíamos ter ficado mais tempo e com certeza a Prefeitura iria recuar. A atual diretoria do SINDSEPS dizia que não sairiam dali sem o nosso plano de cargos e plano de saúde, mas infelizmente o final não foi esse. Não cumpriram a palavra e desmobilizaram a ocupação. Lamentável! Mais entramos na História!

A greve dos servidores terminou, mas uma nova crise se abriu após as negociações de hoje (20/07) entre representantes do SINDSEPS e Prefeitura. Dissidentes do movimento que se organizam na INTERSINDICAL e representam associações de servidores, foram pra cima do sindicato questionando o que chamaram de “acordão” e não assinaram o acordo da Prefeitura para o fim da greve. Para eles, a atual diretoria teria saído de uma greve de forma “derrotada” ao aceitar uma proposta que não aprova o Plano de cargos e salários, não aponta para o problema do Plano de Saúde, sem resolução ainda e com um reajuste de 6%, menor do que foi dado aos professores que foi de 19,84% aprovado em 06/05/2011.
Para Edinei Machado, representante da ASCOP, o sindicato só contava com menos da metade de seus diretores e preferiram desmobilizar os servidores e desocupar a Câmara para aceitar um acordo e jogar a culpa no servidor. “Nós das associações ocupamos e mantivemos durantes esses dias a ocupação e o sindicato preferiu convencer nossos colegas a aceitar essa migalha, isso não papel de sindicato”, desabafou Edinei.
Ja André Bonfim, representante da ASGUARD avaliou que as ações judiciais conseguiram fazer recuar a diretoria do sindicato e que manter a ocupação por mais dias pressionaria o município a garantir o PCCV. “Nós discordamos da decisão do sindicato de jogar a toalha, agora ficamos sem garantias da aprovação do plano de cargos e sem plano de saúde. Defendemos até o fim que eles continuassem conosco, mas não conseguimos”, lamentou André Bonfim.
Os representantes da associações da SESP, SUCOP e ASGUARD alegam que não assinaram o acordo em repúdio a atual diretoria do SINDSEPS “Estivemos com eles todo esse tempo e ficamos revoltados com o acordo que eles assumiram sem valores para o plano de cargos e apenas promessas da Prefeitura, sem nenhum compromisso escrito” afirmou Eleno Cruz, um os líderes da Ocupação da Câmara.
O romance entre associações de servidores e sindicato parece que foi curta e pelo visto tendem demorar para volta a caminhar juntos.

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