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15 de mar. de 2013

EM EVENTO DE COMPUTAÇÃO, JHONATAS DISCUTE AVANÇOS TECNOLÓGICOS E PARTICIPAÇÃO SOCIAL


Na última quarta-feira (13), Jhonatas Monteiro esteve à tarde em atividade promovida pelo Diretório Acadêmico de Engenharia da Computação da UEFS para recepcionar os estudantes do curso, convidado a falar sobre o tema “Avanços Tecnológicos, Participação da Sociedade Civil e Políticas de Inclusão Digital”. Jhonatas inicialmente apontou a íntima relação entre o contexto social e o uso dos instrumentos tecnológicos, em especial as tecnologias de informação disponíveis em cada  época: “Todas as revoluções ou momentos de grande participação popular ampliaram, fortemente, o uso dos meios de informação à disposição”. Nesse sentido, Jhonatas exemplificou através do uso dos jornais durante a Revolução Francesa, a presença dos cartazes na Revolução Russa ou na Guerra Civil Espanhola, o importante papel das rádios comunitárias para reverter o golpe contra Hugo Chávez em 2002 e, mais recentemente, as redes sociais no processo da chamada ‘Primavera Árabe’”. Dessa forma, se a tecnologia não pode ser considerada a única responsável pela mobilização das pessoas, como erroneamente insistem os grandes meios de comunicação, a apropriação ampla das tecnologias de informação é uma característica dos processos de transformação social. Em específico sobre a internet, com base no argumento anterior, Jhonatas caracterizou o papel que as redes sociais cumprem hoje na disseminação de informações, no processo de participação da sociedade civil e em mobilizações organizadas a partir delas. Contudo, alertou para a possível “ingenuidade” na relação com a rede: criticou tanto a perspectiva que as transformações sociais possam acontecer somente a partir dos processos de mobilização nas redes sociais quanto a ideia que a internet é plenamente democrática. Nesse sentido, Jhonatas defendeu a democratização do acesso à rede como um direito social, discutindo os problemas no recente Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), e a segurança das informações de cada cidadão, exemplificando com os movimentos em torno da criptografia de dados contra abusos de governos e empresas. Além desses dois aspectos políticos, Jhonatas também discutiu questões como a baixa utilização de software livre por parte do poder público, a falta de compromisso dos governos baianos e feirenses com a inovação tecnológica como instrumento de desenvolvimento social e as possibilidades de uso das tecnologias de informação para reformulação do modelo educacional vigente. O espaço contou ainda com momento para comentários e questionamentos, circunstância em que o público jovem demonstrou maturidade na compreensão dos limites e potenciais do uso das redes sociais como instrumento para transformação da sociedade.

Ascom PSOL 

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