Jhonatas
Monteiro (PSOL) voltou ao tema da juventude, dessa vez no Colégio Estadual
Georgina de Mello Erismann, no último dia 22, convidado a falar sobre “O
protagonismo juvenil na atualidade” para um público do Ensino Médio do turno
noturno. Como parte da abordagem inicial do tema, Jhonatas relacionou algumas
das formas problemáticas de visibilidade normalmente atribuídas aos jovens.
Para Jhonatas, comumente essa visibilidade é a do jovem como alguém que “não é
sério”, construção presente em referências artificiais como no programa
televisivo “Malhação”. Essa visibilidade estimulada pelos veículos de
comunicação baseia-se num perfil de juventude que não corresponde à realidade
da maioria da população: branca, de classe média, egocêntrica e alheia às preocupações
maiores sobre a vida em sociedade. Por outro lado, em especial a juventude
negra e periférica, é alvo de uma visibilidade negativa através da associação
midiática da sua imagem ao tráfico de drogas e às situações de violência em
geral sem qualquer discussão que não naturalize essa relação. Assim, a
violência que atinge a juventude negra e pobre do país é vista desvinculada da
inexistência de políticas públicas que garantam seus direitos mais básicos.
Para Jhonatas, esse processo reduziu a imagem do jovem a duas falsas metades, o
“alienado consumista” ou o “delinqüente”, que não correspondem a sua
complexidade. Nesse sentido, Jhonatas apontou que as manifestações recentes,
percebidas em grande parte pelo protagonismo jovem nos protestos a partir de junho,
entre os seus resultados criou um contraponto evidente à visão estereotipada da
juventude. Segundo Jhonatas, a jornada de lutas que marcou junho indicou
claramente que parte considerável da juventude brasileira tem interesse ou
envolvimento direto nas questões políticas e sociais do país, mesmo que ainda
sem um projeto de transformação claro ou engajado em mobilizações mais
permanentes. Com base nessa reflexão inicial, Jhonatas comentou ainda inúmeras
questões relacionadas à ao tema e desdobramentos como homofobia, primeiro
emprego, sistema educacional, Copa do Mundo, democracia direta, dentre outros.
Ascom PSOL
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