Na última terça-feira
(05), Jhonatas Monteiro (PSOL) palestrou sobre “Consciência negra e questão
quilombola” durante reunião da Associação de Moradores do Povoado de Tanquinho
e Adjacências (AMPOTA), em Feira de Santana. O povoado de Tanquinho reivindica
o seu reconhecimento como comunidade remanescente de quilombo e, desse modo, a
atividade fez parte da mobilização comunitária em torno desse direito. Jhonatas
discutiu como a consciência negra não é algo distante do dia a dia, mas
presente em inúmeras coisas aparentemente simples. Tanto mais, como exemplo,
analisou as expressões usadas para o cabelo crespo, muitas vezes chamado de
“cabelo ruim”, revelando ideias racistas frequentemente repetidas
inconscientemente. Dessa maneira, Jhonatas destacou o processo de luta negra
que levou à transformação do mês de novembro como um momento especial de
reflexão pública sobre as desigualdades raciais e a contribuição da população
negra para formação do Brasil. Jhonatas apontou, nesse sentido, o crescimento
da luta das comunidades quilombolas pela manutenção de suas terras e outros
direitos. A partir de questões colocadas por moradoras e pela diretoria da
AMPOTA, Jhonatas explicou alguns dos passos básicos do processo de
reconhecimento quilombola através da certificação da Fundação Palmares e
análise do INCRA, mas também chamou atenção para os conflitos com o próprio
Estado como no caso recente do Quilombo Rio dos Macacos, em Simões Filho. Além
disso, junto com outros obstáculos à organização política da população negra em
Feira, também foi alvo de discussão os problemas do Conselho Municipal de
Participação e Desenvolvimento das Comunidades Negras e Indígenas.
Ascom PSOL
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