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13 de nov. de 2013

JHONATAS AFIRMA QUE IGNORAR TRADIÇÃO FEIRENSE DO COMÉRCIO DE RUA É DAR UM PASSO EM FALSO

Na última quinta-feira (07), Jhonatas Monteiro (PSOL) participou da Audiência Pública na Câmara de Vereadores de Feira de Santana sobre a situação dos ambulantes, camelôs e feirantes e sua relação com o Centro da cidade. A audiência pública foi promovida atendendo ao ofício da Comissão de Meio Ambiente, Direitos Humanos e Defesa do Consumidor a partir da mobilização do Sindicato dos Camelôs de Feira de Santana e Região (SINDICAME). Fizeram as exposições iniciais o professor Marialvo Barreto; Ana Mary Cardoso de Menezes, diretora do SINDICAME; João dos Reis Lima, presidente do Sindicato dos Feirantes de Feira de Santana; Antônio Carlos Borges Júnior, secretário de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico; e o tenente coronel Amon Gomes, da Polícia Militar da Bahia. Em especial a sindicalista Ana Mary expôs os problemas causados pela discriminação e violência contra os camelôs e outros trabalhadores informais, inclusive exibindo um vídeo com a tentativa de retirada truculenta de barracas no Largo de São Francisco por parte do poder público municipal na madrugada do dia 27 de setembro. Explicou também a luta do Sindicato em prol de uma organização do Centro que não exclua o camelô, da construção de “shoppings populares” que viabilizem condições de trabalho adequadas para a categoria, do estímulo público à qualificação profissional e implantação de cooperativas de crédito, dentre outras. Por sua vez, durante o debate, Jhonatas criticou o Pacto de Feira, iniciativa de marketing do governo municipal, ao apontar que “um pacto é um acordo, mas quando se recorre à força em primeiro lugar já não é possível sustentar que há diálogo e muito menos um acordo”. Nesse sentido, Jhonatas apontou que as ações imediatas do Pacto foram basicamente repressivas e sintonizadas com o mesmo tipo de discurso elitista que levou à extinção da grande Feira Livre no início da década de 1970 sob a alegação que o Centro era “favelizado”. Para Jhonatas o município pode, mais uma vez, “dar um passo em falso” ao manter uma visão de ordenamento que desconsidera o comércio de rua como parte essencial de sua tradição. Assim, defendeu medidas imediatas como o uso dos grandes espaços ociosos do Centro, como a área atrás do SAC da Rua Olímpio Vital, para construção de estruturas adequadas ao trabalho dos camelôs e programas públicos de estímulo à organização e cooperativação, mas também defendeu a necessidade que o próprio planejamento urbano considere a economia popular uma das faces de Feira e lamentou o fato do município descumprir há mais de uma década a exigência legal de ter um Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano. Jhonatas, como parte de outra visão de ordenamento do Centro, criticou ainda a omissão dos vereadores em relação à necessidade de reconhecer o comércio de rua como parte do patrimônio cultural e histórico de Feira. Além do público participante da Audiência, também acompanharam o evento ex-vereadores e representantes do Sindicato dos Contadores de Feira de Santana, do Programa de Iniciativas da Economia Popular e Solidária da UEFS e da Associação Comercial de Feira de Santana.

Ascom PSOL

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