Religar
a política à vida da maioria das pessoas. Aí está o desafio: diante da
distância do sistema político da maioria da população brasileira, é possível
utilizar o espaço da política para propor transformações radicais em favor do
povo? Não tenho dúvida que sim, mas só se quem ocupa um cargo público estiver
em sintonia com as lutas de quem sente na pele a exploração, a opressão e a
negação de direitos. Portanto, o desafio é fazer um mandato que seja também
expressão dos mais de 500 anos de história de lutas populares no Brasil e atue
para fortalecer essas lutas. É isso que significa ser realmente radical:
aprender se enraizando na nossa ancestralidade, ir à raiz dos problemas do
presente para ter a ousadia de construir uma sociedade igualitária. Dessa forma,
é esse horizonte que orienta a nossa luta imediata em prol das necessidades da
maioria da população em sua diversidade, da prioridade do interesse público
sobre o privado e da participação popular direta.
Assim,
apresento a candidatura a deputado estadual como continuidade daquilo que tenho
feito nos últimos anos. Mas, mais que isso, apresento como uma candidatura que
é nossa. Afinal, assim como em 2012, será uma campanha novamente colaborativa.
Ou seja, sem financiamento de empresas como mais uma forma de afirmar nossa
independência política. Uma campanha cujas propostas são, além da minha própria
experiência nas lutas e pautas do PSOL, construídas nas Rodas de Conversa –
diálogos com lideranças comunitárias, sindicalistas e oposições sindicais, militantes
de movimentos sociais e estudantis, coletivos culturais, bem como pesquisadores
acadêmicos. Em especial, uma campanha que não é feita por “profissionais”, mas
é uma batalha de quem acredita no projeto coletivo defendido por nós e dá uma
“mão” naquilo que pode. Quem vai em uma reunião, mas também quem curte,
compartilha ou comenta. É dessa maneira que fizemos e faremos do visual da
campanha à qualquer atividade de rua: contando com que lê este texto como parte
ativa do processo. É com esse método colaborativo que enfrentaremos o poder das
forças políticas do continuísmo que tem marcado a Bahia, pois os meios usados
também dizem o que faremos ao alcançar nossos objetivos.
Na
prática, as manifestações de junho de 2013 são uma demonstração recente do quanto
a crítica à “política” é reveladora também da expectativa de uma política
comprometida com transformações reais. Sem dúvida, são pessoas com esse tipo de
expectativa que moverão nossa campanha e a esperança do possível mandado na
Assembléia Legislativa da Bahia.
Ousando
lutar, venceremos!
Jhonatas
Nenhum comentário:
Postar um comentário