Mais
do que ter acesso aos recursos disponíveis no lugar onde se vive, o direito à
cidade e à participação política e social se dá de maneira muito mais ampla:
implica no direito de mudar, de (re)inventar o seu lugar a partir de suas
aspirações, de seus desejos, de suas ideias e de seus ideais – participar
ativamente na construção democrática da vida. Pensar em reinventar o país para
tod@s implica em perguntar que lugar nós queremos ter, que participação
política nós desejamos e defendemos, e quem está nos representando nesses
espaços que ajudamos a construir.
Quando
não ocupamos o espaço que nos é devido, bem como não organizamos a nossa
própria expressão, outros farão por nós. Quando não falamos, outros nos falam.
Assim, em especial nós mulheres, temos que nos perguntar: quais espaços ainda
precisamos ocupar para promover real igualdade entre homens e mulheres através
da conquista de direitos? Sem dúvida, tendo como horizonte garantia da
representatividade e da participação igualitária entre homens e mulheres, resta
ainda efetivar a democratização do sistema político por meio de práticas
radicais e inovadoras capazes de combater a corrupção, as injustiças sociais,
os modelos burocráticos e autoritários que marcam nossas vidas.
O
desafio que temos é o de defender um mandato que expresse a voz, o grito e a
luta daquel@s que vivem à margem da nossa sociedade e que são sub-representad@s
nos espaços de decisão política. E isso significa dizer um basta àquela
política que historicamente é reproduzida pelas elites, e afirmar a luta por
políticas públicas para a maioria da população, pela ampliação do acesso aos
espaços públicos e o fortalecimento dos movimentos sociais. Por isso, entendo
esta candidatura a deputada federal como coletiva, colaborativa e plural. É a
candidatura não somente de uma mulher negra que batalha e que luta, mas é também
a candidatura de muitas mulheres e de muitas outras vozes que, assim como a
minha, não se sentem representadas nos espaços de decisão política nem nos
espaços sociais e de direitos. Não à toa esta campanha tem características
semelhantes àquela realizada para a vereança em 2012, ou seja, tem sido
construída no diálogo – como bem exemplifica as várias Rodas de Conversas do
PSOL.
Façamos
desta luta eleitoral a luta de tod@s por uma sociedade livre das injustiças, da
negação de direitos e de toda forma de opressão, seja ela de gênero, de raça ou
de sexualidade. Sigamos assim, de maneira colaborativa, movendo essa campanha
rumo à Câmara Federal mas orientad@s “por um mundo onde sejamos socialmente
iguais, humanamente diferentes e totalmente livres”!
“Ousando
lutar, venceremos”!
Sidinea
Pedreira
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