Dentre as inúmeras formas de
violência sofridas por transexuais, transgêneros e travestis, o fato dessas
pessoas não serem identificadas da mesma maneira que se reconhecem é causa da negação
de vários direitos. A identidade de gênero, mais do que a orientação sexual, se
expõe forçosamente a partir de certo momento da vida, tornando as pessoas trans
alvo da opressão heteronormativa no ambiente familiar, escolar e, mais adiante,
profissional. Tal processo faz com que parte deles e delas, por um lado, forçosamente
usem de identidades que não são as suas por escolha e, por outro, muitas vezes
vivenciem uma intensa marginalização social, ocupando subempregos e sendo
expostas a outros tipos de violência.
Nesse cenário, a comunidade
LGBT, em especial a parcela trans, da Universidade Estadual de Feira de Santana
(UEFS) conquistou um importante avanço através da garantia do direito ao uso do
nome social dentro da instituição. A utilização do nome social permite que
pessoas trans sejam identificadas de acordo com a maneira que decidiram se
reconhecer, sem o constrangimento de serem chamadas por um nome imposto a elas
e que está grafado no papel. Como escreveu o deputado federal Jean Wylys (PSOL
– RJ), em seu texto intitulado A (in)visibilidade trans, “(...) há pessoas que
não existem nos registros públicos e em alguns documentos e há outras pessoas
que só existem nos registros públicos e em alguns documentos”.
Assista a reportagem
produzida pela TV Olhos D'água com a participação do Coletivo Quitérias de
Diversidade Sexual e Gênero, grupo que protagonizou a luta pelo direito ao uso
do nome social na UEFS fazendo a solicitação à instituição ao lado da Comissão
Especial de Diversidade Sexual e Enfrentamento à Homofobia da OAB-BA, subseção
Feira de Santana.
Ascom PSOL Feira
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