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29 de jan. de 2016

VISIBILIDADE TRANS – A LUTA É POR DIREITOS IGUAIS!



Hoje, 29 de janeiro, é o Dia Nacional da Visibilidade Trans, data importante no calendário de lutas da população transexual brasileira. Mesmo que de maneira bastante lenta, a luta trans vem alcançando conquistas fundamentais para avançar no processo de garantia de direitos. O dia de hoje representa um momento de luta e resistência, mas também de luto pela vida de centenas de transexuais, travestis e transgêneros vítimas de assassinato no nosso país. O Brasil é o país que mais mata pessoas trans no mundo! Somente este ano, mais de 50 pessoas que assumiram suas identidades de gênero foram assassinadas. Esse dado revela a necessidade de uma série reflexões sobre a visibilidade das pessoas trans e da luta diária contra a transfobia, que vem dizimando essa parcela da nossa população.

A vulnerabilidade das pessoas trans não diz respeito apenas à violência física a que cotidianamente estão expostas. A patologização das pessoas trans no Brasil ainda é uma das principais barreiras que as impedem de possuir direitos sociais básicos, além de representar uma das principais fontes da transfobia. A transexualidade ainda é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença, uma disforia de gênero desenvolvida através das identidades  trans, que causaria o desejo de mudança nos corpos, rompendo com a "natureza", com a “norma”, com o “padrão”. Por isso, pensar na despatologização das identidades trans é uma das principais pautas de luta contra a transfobia, uma vez que representa, para as pessoas trans, uma ferramenta de resistência frente à vulnerabilidade social à qual são submetidas.

O reconhecimento e respeito à identidade de gênero em sua verdadeira diversidade é imprescindível para a garantia de direitos com saúde, educação, trabalho, dentre outros, hoje negados às pessoas que fogem à imposição cisgênera heterenormativa. Tornar visível esses cidadãos e cidadãs é compreender a transexualidade para além de padrões fixos ou imutáveis. É lutar por dignidade, por respeito ao nome social, pela garantia de processos de resignação sexual e despatologização, enfim, é lutar por políticas públicas e direitos sociais. É compreender o mundo em movimento, é se livrar de encaixes que moldam perfis e estereótipos. É respeitar a diversidade das relações não-binárias. É ir para além dos padrões estabelecidos pela sociedade cisgênera heteronormativa. É pautar um debate aberto e plural incluindo: travestis, transexuais, intersexuais, Drag Queens, Drag Kings e outras múltiplas representações sexuais. É, em primeiro lugar, dizer: A luta é por direitos iguais!

29 de Janeiro, Dia Nacional da Visibilidade Trans
Ascom PSOL Feira

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