Jhonatas Monteiro (PSOL) esteve
no Colégio Helyos, na noite da última quinta-feira (16), a convite de alunos da
8ª série para falar sobre as transformações urbanas de Feira de Santana. Além
da apresentação dos resultados da pesquisa feita pela turma, a atividade
supervisionada pelo Prof. Alex Valadares também contou com a participação de
Milésio Vargas (médico e fundador do Hospital Emec), Carlos Brito (secretário
municipal de Planejamento), Orlando Braga (empresário hoteleiro), Luiz Otávio
(empresário da construção civil) e Jânio Rêgo (jornalista). Na oportunidade,
Jhonatas fez uma breve retrospectiva do intenso crescimento da população de
Feira, evidenciando o papel fundamental da sua antiga feira livre e da sua
característica de “cidade encruzilhada” nesse processo. Também chamou atenção
tanto para a significativa alteração do perfil da população do município que,
segundo dados do IBGE, nos anos 1950 era predominantemente rural e nos dias
atuais concentra cerca de 90% da população na zona urbana, quanto para a
velocidade com que a população dobrou aproximadamente a cada 25 anos desde essa
época. Para Jhonatas, embora todas essas mudanças tenham ampliado a economia
local e enriquecido uma minoria social, o crescimento feirense deixou de lado o
planejamento voltado à maioria da população. Jhonatas apontou que mesmo tendo
um Plano de Desenvolvimento Local Integrado de forma precoce em relação a
outros municípios, ainda no fim da década de 1960, esse planejamento
privilegiou apenas a face econômica de Feira. Isso implicou em uma cidade
grande mas excludente: com evidente descaso no atendimento dos direitos de
moradia, de mobilidade, de espaços públicos de lazer e de preservação ambiental,
dentre outros. Segundo Jhonatas, essa característica é agravada pela ausência
há mais de uma década de um Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) que
democratize a cidade e combata a especulação imobiliária, o que traz diversos
problemas estruturais à cidade como é o caso do comprometimento da preservação
das lagoas e ausência de parques públicos. O desafio, ainda segundo Jhonatas, é
transformar a atual situação de Feira numa oportunidade de discussão sobre o
modelo de cidade que queremos e escolha de uma forma de desenvolvimento voltado
realmente ao interesse público e às necessidades da maioria da população.
Ascom
PSOL
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