Como atividade proposta por estudantes e
professores da graduação e pós-graduação de Filosofia da Universidade Estadual
de Feira de Santana (UEFS), ocorreu no último dia 18 de julho a mesa redonda
“Manifestações de junho”. Enquanto debatedor, Jhonatas Monteiro (PSOL)
participou da atividade discutindo “As ruas, a continuidade e a ruptura”. Sob a
perspectiva de oferecer algumas referências históricas para “situar” as
manifestações desencadeadas a partir de junho, Jhonatas procurou apontar as
características comuns aos processos de mobilização de massas: a diversidade
das posições ideológicas presentes nas ruas, a intensa apropriação dos meios de
comunicação disponíveis, a disputa de rumos pelos diferentes setores sociais e
políticos, dentre outros. Porém, Jhonatas também discutiu as características
específicas das manifestações de junho. Em especial, destacou o questionamento
do “otimismo consumista” que marcou a última década em função da expansão do
crédito, a evidente crítica ao tipo de governabilidade conservadora que tem
alicerçado os vários governos federais desde meados da década de 1990 e a
dimensão geracional dos protestos evidenciada na forte participação de jovens
sem experiência ou mesmo vínculos políticos anteriores. A partir da
contribuição dos debatedores, a atividade foi marcada por grande participação
da platéia através de questões, reflexões e sugestões de desdobramentos do
tema. O evento contou com a mediação do professor Charliston Pablo do
Nascimento e também com a participação dos professores Malcom Rodrigues
(Perlaboração com Foucault: o que "resistir" pode hoje significar?),
Zózimo Trabuco (Religião Pública no Brasil contemporâneo: os grupos religiosos
[ou "as igrejas"?] e as manifestações de Junho) e André Almeida Uzêda
(A Mídia quer pautar os movimentos sociais. E os Movimentos sociais conseguem
pautar a mídia?).
Ascom PSOL
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