No último dia 18, Jhonatas Monteiro (PSOL) esteve no
município de Pé de Serra para participar da Semana da Consciência Negra 2013 do
Grupo Cultural Mãe D’Ouro. Jhonatas mediou o debate em grupo sobre o
documentário “Ser quilombola”, de Jaqueline Barreto, que retrata a luta das
comunidades de São Francisco do Paraguaçu e Porteiras, localizadas
respectivamente em Cachoeira e Entre Rios, e também os aspectos
político-culturais que envolvem o reconhecimento quilombola. A atividade é
parte do já tradicional trabalho de conscientização do Grupo Cultural Mãe
D’Ouro, especialmente relacionado à valorização da cultura negra em Pé de
Serra. Nesse sentido, Jhonatas problematizou o filme a partir de três questões
básicas. A primeira relativa ao histórico da situação quilombola hoje,
resultado de um longo processo de resistência negra materializado em milhares
de comunidades tradicionais no País. Em segundo lugar, Jhonatas chamou atenção
para como a identidade negra é construída nessas comunidades e o difícil
caminho para superar os problemas causados pelo racismo mesmo no interior de
comunidades remanescentes de quilombos. Dessa forma, como terceira questão,
Jhonatas provocou sobre os conflitos que envolvem o reconhecimento e titulação
das terras de comunidades quilombolas, apontando os impasses em torno do
decreto 4.887 de 2003, que regulamenta a titulação dessas áreas, e as contradições
burocráticas e políticas envolvidas na situação. A partir desse ponto de
partida, através da ampla participação de quem assistiu ao filme, o debate
também girou em torno de questões como a aplicação da lei 10.639 de 2003, que
prevê o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, as formas de afirmação
estética negra, relatos de experiência do racismo no cotidiano escolar e a
presença da discriminação racial na política.
Ascom PSOL
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