Jhonatas Monteiro (PSOL) esteve na Escola Municipal
Rosa Maria Esperidião Leite, no Distrito da Matinha, convidado a participar do
encerramento anual do projeto escolar “África, Brasil, Bahia: sou negro sim!”,
no dia 21 de novembro. Jhonatas inicialmente ressaltou a importância da
comunidade da Matinha na história de Feira de Santana, fez menção aos
obstáculos ainda encontrados pelas pessoas que vivem na comunidade para terem
sua identidade respeitada e o seu reconhecimento como comunidade quilombola.
Jhonatas afirmou que essa situação se deve ao fato que “Feira tem dificuldade
de aceitar sua própria história negra e, por isso, não reconhece bem e não
valoriza seu povo”. Citou, como exemplo, a visibilidade negativa da figura de
Lucas da Feira que predomina entre as elites políticas e intelectuais
feirenses, que insistem em vê-lo como “simples bandido”, e também o
desconhecimento público sobre Aloísio Resende, poeta que ousou afirmar
culturalmente o candomblé diante do conservadorismo local na primeira metade do
século XX. Com isso, Jhonatas indicou aos estudantes a importância de conhecer
sua própria história para ter orgulho dela e reafirmou que especialmente “os
moradores da Matinha devem ter orgulho da sua, pois são prova viva da história
de resistência negra em Feira feita pelos ancestrais dos estudantes que estão
aqui agora”. Após a fala inicial de Jhonatas, além das questões feitas ao
convidado, a atividade prosseguiu também com várias apresentações artísticas
dos estudantes sobre temas relacionados à cultura negra e história da África
através de músicas, dança e capoeira.
Ascom
PSOL
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