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28 de mar. de 2014

EM ESCOLA DA CONCEIÇÃO, JHONATAS FAZ PALESTRA SOBRE PARTICIPAÇÃO DO JOVEM HOJE

Tendo como tema "O jovem contemporâneo, o seu papel social, cidadania e participação", Jhonatas Monteiro (PSOL) proferiu palestra na Escola Municipal Comendador Jonathas Telles de Carvalho, no bairro da Conceição II, na noite do dia 27 de março. No início da discussão, com o público formado principalmente por estudantes do Projovem Urbano e da Educação de Jovens e Adultos (EJA), Jhonatas apontou que ser “jovem” não se limita ao critério de idade. Defendeu, então, que a identidade jovem tem relação com as suas práticas sociais, definindo uma forma diferente como é reconhecido em cada época histórica. Dentre essas práticas, hoje estão aquelas ligadas à construção da vida profissional e busca pela entrada no mercado de trabalho. Jhonatas criticou o discurso comum que culpa o indivíduo jovem pela dificuldade de se empregar, mas esquece convenientemente as condições gerais da sociedade capitalista que sistematicamente explora e marginaliza grande número de trabalhadoras e trabalhadores. Após a exibição de um breve vídeo sobre políticas de “primeiro emprego”, problematizou a relação entre esse momento da vida juvenil e as chamadas políticas públicas: para ter condições de construir o seu futuro o jovem que estuda e trabalha necessita de direitos sociais garantidos, como educação, saúde, transporte, moradia e cultura. Assim, Jhonatas afirmou que a perspectiva de futuro plantada no jovem depende da cidadania, pensada não como um conceito abstrato, mas como a concretização diária dos direitos. Entretanto, em geral o poder público brasileiro não garante tais direitos – ao contrário, entrega-os nas mãos da iniciativa privada transformando os direitos sociais em mercadoria e fonte de lucro particular, o que exclui a maioria da população e principalmente a periferia. Inclusive, com base nos dados produzidos pela Auditoria Cidadã da Dívida sobre o ano de 2013, Jhonatas apresentou o contraste entre quase metade do orçamento nacional destinado aos juros da chamada Dívida Pública, ficando em mãos da minoria mais rica, e apenas 0,05% em cultura, 3,7% em educação e 4,29% em saúde por exemplo. É nesse cenário que a cidadania exige participação, em especial alguma maneira de engajamento jovem no enfrentamento coletivo de um modelo político que entra em choque com suas expectativas de vida. Assim, Jhonatas defendeu que a participação política é uma necessidade se se pensa na conquista de direitos e mudança real do atual modelo político e social. Além das perguntas que marcaram esse primeiro momento, o público ainda levantou diferentes questões acerca da situação do transporte em Feira, como fazer para exigir mudanças nas prioridades políticas, a inexistência de política cultural de juventude na periferia e o funcionamento do sistema eleitoral.


Ascom PSOL

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