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2 de abr. de 2014

POR OCASIÃO DOS 50 ANOS DO GOLPE, PSOL REBATIZA GINÁSIO MUNICIPAL

Militantes do PSOL de Feira de Santana, neste 1º abril, organizaram um ato simbólico visando provocar reflexão acerca dos desdobramentos do golpe civil-militar de 1964 no município e restante do Brasil. Além de uma panfletagem ampla e diálogo com estudantes em frente ao Instituto de Educação Gastão Guimarães e do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães, o ato consistiu em rebatizar um importante ponto da memória das lutas populares da cidade: o antigo “Ginásio Municipal”, hoje Centro Integrado de Educação Municipal Professor Joselito Falcão de Amorim, passou a ter “Francisco Pinto” em lugar do nome homenageado oficial. Em 1964, há 50 anos, golpistas conduziram o país a uma ditadura que durou oficialmente até 1985. Esse regime político que só se viabilizou mediante um imenso autoritarismo, em Feira teve uma das suas facetas iniciais na deposição do prefeito Francisco Pinto (O lembrado “Chico Pinto”). Isto implicou no desmonte de uma administração participativa e popular, que tinha colocado o poder público municipal sintonizado com as lutas em prol da educação pública e com o sentido das chamadas “Reformas de Base” da época. Assim, o real encaminhamento pela gestão de Pinto do Ginásio Municipal foi um forte símbolo desse projeto político democrático. Não por coincidência, como pesquisas acadêmicas mostram, tentar apagar da memória feirense o processo de participação popular que impulsionou o desenvolvimento do “Ginásio” foi uma das ações do governo golpista, implantado em 1964, através da inclusão do nome de Joselito Amorim no nome da escola – justamente um dos mais ferrenhos opositores da garantia da educação pública no município e prefeito imposto após o golpe. Nesse sentido, o objetivo do ato realizado pelo PSOL, ao rebatizar simbolicamente essa instituição como “Centro Integrado de Educação Municipal Francisco Pinto”, foi denunciar as muitas mentiras oficiais que ainda hoje são herança ditatorial circulando no cotidiano feirense e, ao mesmo tempo, contribuir para que a maioria da população conheça o tipo de inversão dos fatos ainda hoje utilizado pelos herdeiros da ditadura – inclusive aqueles que continuam ativos no Paço Municipal de Feira.

Ascom PSOL

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