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13 de abr. de 2014

JHONATAS APONTA PROBLEMAS DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL BAIANA

O município de Serrinha sediou a sétima edição do Seminário Interterritorial de Educação Profissional, evento promovido pela Superintendência de Educação Profissional (SUPROF) em conjunto com a DIREC 12, no último dia 11. Para avaliar qual a realidade da educação profissional no estado, o evento teve como proposta oficial reunir representantes do poder público, da sociedade civil e das unidades de ensino dos chamados "territórios de identidade" da Bacia do Jacuípe, do Sisal e do Portal do Sertão. O Seminário foi marcado, ao mesmo tempo, pela apresentação dos números oficiais de crescimento da educação profissional na Bahia e as críticas feitas pelos profissionais e estudantes à expansão precária dessa modalidade educacional desde 2007. Assim, durante a exposição de Almerico Biondi, superintendente da Educação Profissional, Jhonatas Monteiro (PSOL) problematizou o contraste entre a política formulada pela SUPROF e o difícil cotidiano das escolas vinculadas a essa modalidade. Enquanto professor do Centro Territorial de Educação Profissional do Portal do Sertão, Jhonatas expôs três problemas que afetam o dia a dia escolar: a inexistência de concurso público para os professores e técnicos de apoio aliada à falta de profissionais devido aos salários de miséria oferecidos aos "temporários"; grande precariedade da formação prática dos estudantes em função da inexistência de laboratórios ou atraso em muitos anos nas obras de adequação física das escolas; e uma estrutura administrativa incapaz de atender as necessidades de autonomia dos centros educacionais. Jhonatas chamou atenção ainda para o fato que esses problemas estruturais são de conhecimento da SUPROF, mas a rede de educação profissional baiana vive um estado de "improviso" porque ao que parece o governo Jaques Wagner não tem interesse na efetiva institucionalização dessa política. Nesse sentido, Jhonatas perguntou onde reside o impasse: se a questão não está na formulação da política pela SUPROF, qual a instância do governo estadual é responsável por impedir a solução de problemas conhecidos há muito tempo? Em sintonia com a provocação de Jhonatas, seguiram-se colocações feitas por estudantes e professores de várias localidades relatando as dificuldades vivenciadas nos centros de educação profissional do estado. Nesse sentido, ao invés da aceitação passiva dos números apresentados sobre a acelerada expansão da rede estadual de educação profissional expressa na quantidade de estudantes matriculados, foi a tônica de reflexão crítica que marcou os grupos de trabalho e o próprio encerramento do evento.


Ascom PSOL

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