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8 de jul. de 2015

EM REFERENDO HISTÓRICO, GREGOS DIZEM NÃO ÀS MEDIDAS DE AJUSTES INTERNACIONAIS


Neste domingo que passou (05), 61,3% dos gregos rejeitaram que o governo de seu país aceite o pacote de medidas de ajustes e cortes proposto pela chamada Troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) em troca de ajuda financeira para enfrentar a forte crise econômica do país. A Grécia já deixou de pagar uma parcela de 1,5 bilhões de euros ao FMI na semana passada.

Pouco antes do anúncio do resultado final do referendo na Grécia centenas de milhares de pessoas começaram a se dirigir para a Praça Syntagma, em Atenas, onde se localiza o Parlamento Grego, para comemorar o resultado, considerado uma grande demonstração de força do povo grego contra o poder econômico da União Europeia (EU) e contra a campanha de medo que vinha sendo feita pelos credores. Os gregos, com a votação, repetiram o feito dos islandeses que, em 2011, disseram, em um referendo, que não iriam pagar seus credores sob condições semelhantes.

Ainda não se sabe qual será a reação das principais lideranças da Troika ao resultado do referendo, ainda que muitos deles, incluindo a chanceler alemã Angela Merkel, tenham manifestado desgosto pela convocação da votação. Novas conversas sobre a saída para crise grega devem ser realizada durante essa semana, em Bruxelas, Bélgica, sede da Comissão Europeia.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, disse que o referendo de ontem mostrou que a democracia não pode ser chantageada e negou que a provável vitória do “não” signifique uma ruptura com a Europa.

“Quero agradecer a todos, independentemente de como votaram. Os gregos fizeram uma escolha corajosa que vai mudar o debate na Europa”, disse Alexis Tsipras em um discurso transmitido pela televisão.

PSOL APOIA O POVO GREGO

O PSOL reafirma seu apoio ao povo grego e às políticas adotadas pelo governo de Alexis Tsipras, contra as imposições da Troika, formada pelo FMI, Comissão Europeia e Banco Central Europeu. Na semana passada, em nota assinada pela Executiva Nacional, o partido considerou acertada a atitude do governo em convocar o referendo para consultar a população do país.

“A chantagem da Troika contra a Grécia era esperada. De nenhuma maneira podia se fazer as concessões que pedia o governo grego. Não pode do ponto de vista econômico, mas tampouco político. Significaria abrir a porta para que novos Syrizas sigam aparecendo na Europa, como já sucedeu na Espanha, com o Podemos. Significaria também estimular que mais europeus tenham disposição para rejeitar a política de austeridade, implementada em toda zona do Euro, tornando mais forte as reações que já foram sentidas na Irlanda, Portugal e em outros países. O PSOL tem sido, desde o primeiro momento, solidário com o Syriza e o povo grego. Nos momentos em que o governo Dilma/Levy se curva ante os banqueiros americanos e o governo imperialista dos EUA, e o conservadorismo parlamentar avança, Grécia é nosso exemplo”, reafirmou a direção do PSOL.

Leia aqui a nota completa: migre.me/qHmjn

PSOL, com informações de agências de notícias
Foto: Reuters/Yannis Behrakis

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