Em mais um momento democrático de decisão
sobre os rumos do PSOL do município de Feira de Santana, filiadas e filiados se
reuniram na primeira de uma série de plenárias eleitorais. O encontro,
realizado no último sábado (25 de julho), teve como objetivo fazer uma reflexão
coletiva acerca do cenário social e político vivido no município e como o PSOL,
a partir da sua postura crítica e combativa, continuará defendendo radicalmente
os interesses da maioria da população em sua diversidade. O debate teve como
horizonte as eleições municipais de 2016, tendo em vista o papel que o PSOL vem
cumprindo nos últimos processos eleitorais ao apresentar uma alternativa pela
esquerda e enfrentar as propostas conservadoras dos partidos tradicionais.
A militância fez um diagnóstico da conjuntura
de Feira considerando as várias lutas empreendidas a partir da organização popular,
por um lado, contra as ações antidemocráticas, autoritárias e ilegais que o
atual governo municipal tenta colocar em prática, e, por outro, as várias
greves e manifestações que têm enfrentado os governos estadual e federal na sua
política de retirada de direitos. Dessa forma, se o cenário feirense ainda é
difícil para uma alternativa de esquerda pela evidente presença do clientelismo
e aparelhamento da máquina pública pelos partidos tradicionais, nem de longe a
realidade local é pacata: o cotidiano dos bairros e dos distritos é marcado por
manifestações, muitas vezes explosivas, de descontentamento. Em especial, como
visto nas redes e ruas, há um evidente desgaste do modo de gestão do DEM
simbolizado no atual quarto mandato de José Ronaldo. Ao mesmo tempo, o PT se mostra
incapaz de hoje fazer a contestação radical a essa forma de gestão tanto pela
adoção do mesmo método político quanto pela política de conciliação praticada
há mais de uma década.
Dado esse contexto, as candidaturas de
Jhonatas Monteiro e Sidinea Pedreira em 2012 e em 2014 não só apresentaram
quanto consolidaram uma referência alternativa à política tradicional no
município. Cumpridas essas tarefas iniciais, o PSOL Feira disputará o processo
eleitoral de 2016 com o objetivo de reforço da sua presença na política
institucional feirense, o que compreende a possibilidade de uma chapa completa
para a disputa de vagas na Câmara Municipal e candidatura própria para a
disputa do governo municipal. Também foi consensual a reafirmação do método de
campanha diferenciado do PSOL: sem financiamento empresarial, colaborativo
tanto nas redes quanto nas ruas, com propostas elaboradas em conjunto com quem
sente na pele a exploração e opressão, bem como com candidaturas enraizadas nas
lutas sociais. Para tanto, durante a plenária, foi elaborada uma primeira lista
indicativa de nomes das diversas companheiras e companheiros que representarão
o PSOL em 2016.
Além disso, com o objetivo de retomar e
aprofundar o debate eleitoral, assim como analisar as mudanças na situação
política, foi indicada uma próxima Plenária Eleitoral do PSOL para o mês de
setembro.
Ascom PSOL Feira
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